6 de fevereiro de 2012

At the checkpoint



Não me apetece ser mais um grãozinho de areia na praia ou uma mísera gota no oceano. Faz mais meu feitio ser o grão que gira a ampulheta; a gota que faz o copo transbordar. É isso que quero ser, é isso que serei.
E para tal não hesitarei em fazer o que deve ser feito. Ambição? Não, não diria assim. Garra. É o que é. A gana que tenho por ir exatamente aonde quero ir. E se causará ciúme, inveja, raiva ou ódio... Sinto muito, já não é o que me pertence! Não pedi que me amasses, mas se já não me amas, não estico um dedo para me fazer menos desprezível. Escolha tua, interpretação minha.
Se não quiseres, não faças a diferença; de mim só se sabe que o farei. E eu? Eu fico rindo estrada a dentro. Rindo em meio a esse mar de rostos vagos e falsos. Rindo do meu modo desvairado, com meu brilho louco único.
Pois no fim das contas deve mesmo ser como dizem: Tanto na guerra quanto na revolução, não há vítimas ou algozes, somos todos interlocutores que movem a alavanca que impulsiona o mundo...
...Mas eu serei a peça que dá o Xeque-mate!


Go ahead, noses up to the sky. But I'll be watching at the checkpoint. Waiting for the moment to make an unforgetable checkmate.


G.

                   

E depois de outra longa pausa...

É, voltei. Talvez tenha me acomodado, mas a vontade de escrever foi maior. Então, vamos lá Garbage, vamos lá!
            
     G.

18 de novembro de 2011

O que não me mata me consome.


Se arrependimento matasse... Ah, eu garanto que já estaria à sete palmos sob a terra!
E não me atrevo a mentir e dizer que “não me arrependo de nada” como muita gente por aí;  porque, uma hora ou outro, a consciência vem firme e diz clara: Não deverias ter feito.
Se pudéssemos refazer nossos passos, eu desejaria uma borracha para apagar os erros e um lápis para reescrever as frases tortas... e tornar a apagá-las caso errasse de novo.
Se tivesse uma bola-de-cristal, veria o quanto tudo que perdi era tão importante... antes de ter dado o braço à perda.
Infelizmente a verdade é dura, fria, crua, nua: o mundo é cruel demais pra permitir segundas chances. Até mais do que as pessoas, eu penso.
Como eu queria ter dito "sim" quando optei por tantos "nãos". Poderia ter pegado o caminho da esquerda quando vi que o da direita soava errado. Deveria ter dado maior valia ao que sabia, internamente, ser um tesouro. Meu tesouro.
Gostaria de ter segurado a mão de alguém (na verdade, alguéns!) quando simplesmente deixei que esta corresse por meus dedos, é... devia ter segurado com força, agarrado, entranhado e pedido para ficar enquanto tive a oportunidade. Não... preferi meu orgulho idiota, meu sarcasmo inútil - chame como quiser-, travei a língua na boca e não implorei para que permanecesse.
Se me arrependo? Hum... toda noite antes de dormir parece arrependimento? Multiplique por 3. É como eu me sinto as vezes.
É bem verdade que, com todas essas idas e vindas, aprendi a crescer, a ser gente. Talvez não tivesse aprendido se fosse diferente. Talvez tivesse mesmo de ser desse jeito. Talvez eu não queira pagar pra ver como seria se "... e se..?"
Muito do que fiz foi intencional, admito. Outra parte não foi; acredite, realmente não foi... Feri, magoei, traí; como todo ser - humano faz, fez ou irá fazer em algum aspecto, alguma nuance. E se não for muita hipocrisia, peço desculpas, mesmo sabendo que, na real, não mudaria muita coisa.
Mesmo querendo, o tempo não volta; já as mágoas...
Porém - que esteja claro isso - é válido só e exclusivamente para quem merece. Pode ser horrível, mas muitas pessoas só aprendem quando recebem o que deram. Escolhem aprender pela dor quando poderiam ter aprendido pelo amor. E ninguém está imune a isso. Nem eu, nem tu.
Aliás, no fim das contas, é como dizem: experiências não são boas ou ruins, são experiências. E crer nisso me faz sentir menos culpada. Covardia ou medo, eu não sei e não me importa mais. Foram experiências, passei e passo por elas, e isso me basta.
Não, não busco me justificar. Justificar o que fiz, o que não fiz, o que poderia e deveria ter feito ou não. Não é isso. Acho mais que busco por uma saída que me leve a algo melhor e me faça ser diferente. É, agora é isso que procuro.
Não somos santos. Não somos mais crianças. Abramos os olhos e vejamos logo de uma vez: O mundo não perdoa. Quanto às pessoas... Melhor não carregar o fardo de sentir que não há perdão.




E na volta, é, eu quis voltar assim. Precisamos de um choque de realidade de vem em quando.

16 de novembro de 2011

Up.

Depois de séculos fora, resolvi voltar.
Hum...digamos que precisei desse tempo.
Uni faculdade, estágio, problemas pessoais e uma outra questão: escrever aqui, para mim, estava se tornando quase como uma obrigação, e estava deixando de ser prazeroso. E esse não era meu objetivo.
É bem verdade que eu amo escrever, mas estava perdendo essa paixão devido à esta maldita obrigação que impus a mim mesma e que tantas vezes jurei que não aconteceria.
Então parei de escrever aqui e sumi por isso.
O tempo fora foi bom, produtivo devo dizer.
Mas, como já aconteceu antes, não foi definitivo! Percebi que isso me fazia falta demais, que precisava desabafar de algum modo. E então resolvi voltar!
Preciso disso, é fato.
Não que alguém se importa, mas aqui estou! Me faz bem, então é isso. Veremos no que dá!
Ah, só pra constar, senti falta de os ler, e me perdoem, voltarei a fazer ao menos isso com maior frequência, acho importante. Só!

Olá de novo a todos!

G.

20 de setembro de 2011

Parênteses: RHCP!

Tinha de dizer isso:






" Standing in line
To see the show tonight
And there's a light on
Heavy glow
By the way I tried to say
I'd be there... waiting for"
 
 
Então! Dentro de alguns minutos estarei saindo de casa a caminho do aeroporto! Destino: Rio de Janeiro. Objetivo: Assistir ao show do Red Hot no Rock in Rio.
E querem saber do que mais?! Estou simplesmente surtando, pirando, enlouquecendo do lado de cá! Afinal, é só Red Hot Chili Peppers (uma de minhas bandas preferidas) em um dos mais famigerados eventos de música do estilo! E não é para ficar maluca?!

Minhas unhas já não existem tamanha a ansiedade, e a mala está pronta desde ontem ( e sim, lotes de coisas para passar 5 dias! Mas nunca se sabe, right?! ). 
 
Estou contando os segundos para que chegue sábado, dia 24. E lá estarei eu, na cidade do Rock, cantando by the way a plenos pulmões! Ahh, que eu fico rouca!
E no mais, será ótimo conhecer o Rio, então tenho que aproveitar a oportunidade!
 
Queria compartilhar com vocês, hahá, tinha que falar! Desejo a todos que também participarão do evento bons shows, e aproveitem!
Pois eu? Ahh, eu irei aproveitar! E como!
Que fique registrado: o dia 24/09/11 será incrível! Com toda certeza!
E de fato, estarei lá, esperando na fila pelas luzes do palco e os acordes da primeira música, assistindo o que será um dos melhores shows da minha vida, a propósito!
 
 
Eu vou! Não podia perder!

Beijos, até a volta!
G.



13 de setembro de 2011

Perfeita

" E quando o mundo te der uma rasteira e te jogar no chão? Te levanta, limpa a lama do rosto e vai, dizendo convicta que estás pronta para o próximo round! "



Tomei decisões dúbias e peguei a estrada errada uma vez ou outra.  Menti mais vezes do que era necessário, me escondi quando deveria ter levantado a mão e feito minha voz soar alto, me acatei em hora de estufar o peito e lutar. Deixei-me bater pela vida, espancar pelo tempo, machucar pelo mundo sempre impiedoso. Tentei por tanto, cavei até sair fogo e sangue procurando me adequar àquelas formas expostas nas inúmeras vitrines; Aqueles manequins sem vida dos quais eu nunca me assemelharia.
Sempre fui a errada, a desengonçada, a diferente-indifente. A garotinha que preferia seus desenhos sem sentido e formas abstratas à Ballet. Sempre fui a deslocada e incompreendida – sem que ninguém fizesse o menor esforço para compreender, só deixavam para lá.
E as pessoas? Elas só foram más, julgaram, falaram, e falaram sobre si mesmas. E falaram sobre como eu estava tão errada.  E eu tentava timidamente fazer por meios injustificáveis que gostassem de mim, pelo menos uma vez. Só tentei empatar o jogo tão complicado no qual eu sempre me deixava vencer assustadoramente.
Foi então que eu percebi. Percebi que a assustada não era eu, percebi que o mundo era quem estava em pânico, que estava em pane! Engoli meu medo, desentalando o que estava preso na garganta com uma dose de coragem.
Chega! Cansei de tentar me transformar para que me amassem, depois de tantas tentativas não desperdiçarei mais meu tempo! Não perderei mais minha essência, eles não são dignos disso.  Eu fui atrás de meus demônios para fazer-lhes de anjos a fim de agradar a tudo e todos; fiz o que pude. E acabei por não fazer o que deveria por quem de fato merecia: eu.
Cansei de ligar para as críticas, elas estão em todo lugar e são sempre tão negativas! E eles dizem que meu cabelo é feio, que meu estilo é duvidoso, que estou fora do padrão. E deveriam só ver que minha mente é que conta, que minha alma é o que vale. Cansei de ser tão rigorosa comigo mesma, de me auto-criticar por não ser igual, de me martirizar ante a tantos olhares tortos.
Decidi que não sou certa ou errada, decidi que sou eu e isso basta; Decidi que não mais me subestimarão por estar escrita em linhas irregulares, por ser um ingrediente fora da receita. Decidi que eu posso, e se posso, eu vou! E sim, eu realmente vou.  E o mundo? Dane-se o mundo! Sou o que sou, com meus possíveis erros e infinitos acertos.
Prometi que nunca mais me sentiria como se não fosse nada, e que se um dia tornasse a me sentir desse jeito, lembraria que eu sou perfeita pra caramba! Que eu sou assim: simplesmente perfeita para mim!

(Inspirado em: Fuckin’ Perfect – Pink)


#NOTA:  Estou um tanto quanto ausente, é verdade. E em uma falta enorme com vocês que amo tanto ler. Mas juro voltar assim que me for possível!  Beijos a todos. G.

23 de agosto de 2011

Tu te lembras?



Tu te lembras?
Uma vez tu me disseste que as estrelas foram feitas para contar histórias pelas eras– as nossas histórias, que seriam testemunhas das tantas juras que fizeram, que fizemos, que se misturaram e entranharam; me disseste que as estrelas não eram meramente guia aos navegantes.
Uma vez comentaste que meus cabelos foram feitos para bailar ao vento, para acompanhar-me os passos que os pés davam ritmados juntos aos teus, para girar ao embalo do saiote do vestido; e não para me vedar a visão quando em minha frente crescia o que não queria ver.
Uma vez discorreste que nem o inverno mais rigoroso seria capaz de abrandar os botões de flores nascentes em nossa primavera, nem o frio mais intenso faria congelarem-se as pétalas e folhas, nem a brisa mais gélida levaria de nós o aroma; pois neve alguma sobrepujaria nosso jardim.
Uma vez falaste que as palavras mais doces eram feitas para falar apenas ao silêncio, pois assim resguardadas não precisavam ser ditas. Que não necessitávamos palavras quando tínhamos olhos que liam até a alma.
Uma vez ponderaste que um coração jovem é feito ao amor, e não às mágoas. Que um coração firme tudo supera, que um coração robusto bate forte e não deixa ecoar os sons aterrorizantes que não se quer ouvir. Um coração jovem se entrega, deleita, suspira; e não se martiriza.
Tu te lembras?
Não... Não mais te lembras. Pois uma vez, a carruagem d’aurora chegou, e quando se foi, foste com ela. Levaram-te de mim. Lavaram-me de ti, sem deixar nenhuma marca, sem que restasse algo sequer, resquício algum.
Levaram a ti e deixaram a mim. E deixaram as estrelas que já não podiam confidenciar, e foscas, eram apenas mapa aos navios. E deixaram um par de pés sem outro com o qual bailar, e os cabelos agora se resumiam a vedar o que nada mais havia para ver. E deixaram os botões de flores que, de frio, murcharam tristes. E deixaram as palavras que, sem o silêncio cálido, me gritavam aos ouvidos. E enfim deixaram um coração que, sem amor, tornou-se velho e, não jovem, consumou-se às mágoas.
Eu sei... Eu sei que o primeiro dia de amor nunca retorna; que o tempo não se dobra mesmo que nos curvemos a ele. Entretanto, ainda podemos dobrar o tempo, ainda podemos retorna ao passado da aurora e deitar na relva sob as estrelas. Podemos dançar e colher as flores. Podemos dizer mil coisas sem nada falar. Podemos lembrar.
Tu ainda te lembras?
Então venha querido. Venha porque o inverno chegou rigoroso dessa vez. Venha porque as flores congelaram como meu coração envelhecido. Venha, pois estou soterrada de neve e nem o fogo brando agora me aquece tal qual teus abraços.
Por favor, te recordes e venha.
Chegue de noite, antes da aurora e não seja escuridão. Mergulhe teus olhos nos meus já cegos, e segure minha mão que por tanto esperou a tua. Tire-me, desenterre-me do manto branco e me carregue nos braços. Deixe-me descansar em teu ombro e fiquemos em silêncio mais uma vez. E deixemos que o som dos violinos dos poetas descongele e rejuvenesça-nos os corações. Então por fim me beije. Beije-me enquanto houver tempo, enquanto meus lábios ainda estiverem vermelhos.
... Tu te lembras?

(Inspirado em " While your lips are still red" - Nightwish )

#NOTA: Mais uma vez, me perdoem todos vocês. Ando MESMO com problemas quanto ao blogger     ._.